segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016





- ENTREVISTA COM AUTORES VII -
POR TEREZA RECHE



Ademar Martins Ferreira


A sétima entrevista na Coluna Entrevista com Autores é com Adhemar, Cientista político formado pela Unicamp, onde fez pós graduação em Jornalismo Científico. Editor do site www.novomomento.com.br e a ‘analista do cotidiano’ desde 2006.


ENTREVISTA

TEREZA RECHE
Como e quando o sr(a) iniciou sua carreira, e o que o levou a isso?

ADHEMAR
O pensamento sempre aflige e nos atinge. O que fazemos com ele é o que nos torna escritores, analistas ou meros ‘conversadores de boteco’. 

TEREZA RECHE
Cite suas obras e onde encontrá-las por gentileza.

ADHEMAR
Todos os pensamentos estão no novomomento.com.br. Ainda não formulei uma linha dos pensamentos para publicação. 

TEREZA RECHE
Você acha que a figura do “leitor” continua em segundo plano nas reflexões literárias? 

ADHEMAR
Não. O leitor tem papel fundamental, porque ele é o cidadão, o consumidor, o ator e sobre ele (como indivíduo) ou em grupo (sociedade) são feitas as reflexões da literatura. 

TEREZA RECHE
A Literatura há alguns anos, vem tomando novo corpo, a tecnologia propiciou isso. Publicações virtuais, facilidade em se auto publicar, dentre outras vias. Ao seu ver, como escritor da atualidade, esse cenário é de fato benéfico à Literatura, ou precisamos rever nossos conceitos?

ADHEMAR
Considero sim positiva a tecnologia, porque permite que todos sejam publicados. Quem tiver qualidade vai sobreviver ou se destacar. 

TEREZA RECHE
Qual o papel do escritor, em relação a disseminação e consequente transformação mental, intelectual e filosófica dos leitores como sociedade? 

ADHEMAR
Não necessariamente seja papel do escritor estar na vanguarda do pensamento, mas muito da boa literatura tem influenciado e apontado problemas graves da sociedade ocidental. 

TEREZA RECHE
Qual a sua leitura de ficção brasileira hoje? É possível traçar vertentes e características?

ADHEMAR
Hoje boa parte da ficção é feita bastante ligada à produção para a TV e o teatro. Minha impressão é que o realismo fantástico é bastante presente na literatura brasileira contemporânea. 

TEREZA RECHE
Escrita ou Vendas? Partindo do seu ponto de vista, qual desses substantivos femininos melhor se encaixaria no cenário literário atual? E por que?

ADHEMAR
Escrita. Em grande volume. As vendas devem se adaptar ao longo dos próximos anos para fazer valer quem tem qualidade ou tem como foco viver de literatura.

TEREZA RECHE
Qual escritor admira? E qual escrita aguça sua curiosidade literária? 

ADHEMAR
Difícil falar um. Mas dois eu destaco. Saramago e Dostoievski. Formam a base da minha visão de mundo. Franceses, ingleses e russos do século XIX (Dostoievski, Tolstoi, Maxim Gorki e vários outros). Alemães e americanos do começo do século XX (Mann, Fitzgerald, Hemingway) e portugueses e espanhóis do final do século XX. Japoneses pop da virada do século também soam muito interessantes.

TEREZA RECHE 
Como você avaliaria a literatura que se encontra no ranking dos melhores e mais vendidos? Existe obrigatoriamente que se seguir critérios para a criação literária? Justifique-se. 

ADHEMAR
Vivemos a ‘aldeia global’ e a literatura e o cinema adolescente dominam as vendas. Talvez nas próximas décadas haja uma mudança para que o tipo de literatura fique mais adulto (menos zumbis, vampiros, lobos). Os critérios são necessários, mesmo na criação mais fantástica. O leitor precisa ter um mínimo de informação para entender o que pretende o texto. 

TEREZA RECHE
Que problemática você destacaria na prática da difusão cultural no país? Como poderíamos resolver, senão amenizar tal situação?

ADHEMAR
O problema fundamental do país é a educação. Ainda dependemos muito dos serviços públicos para a cultura. Apesar de o país ter avançado no consumo geral, falta a direção para o consumo de cultura. Mas este vai crescer com o maior acesso à educação. 

TEREZA RECHE
Como profissional literata, ao criar um novo livro, você exerce a escrita racional ou permite que a inspiração flua de maneira livre?

ADHEMAR
A escrita racional é o norte de todo escritor que almeje atingir o grande público. Mas se não houver a fantasia (inspiração) fica muito difícil criar algo novo e atraente.

TEREZA RECHE
O que você, na pele de leitor, jamais leria?

ADHEMAR
Auto-ajuda

TEREZA RECHE
Escritor incondicionalmente o sendo por amor. Existe?

ADHEMAR
Desde que tenha um meio outro de vida, sim. Mas profissionalmente falando, somente depois da estabilidade financeira. 

TEREZA RECHE
Por que na sua opinião, certos gêneros, por mais interessantes que pareçam ser, não vendem no mercado atual literário? Qual a estratégia, se é que existe, a ser posta em prática para que este obstáculo seja vencido? 

ADHEMAR
Isso depende do mercado. O escritor precisa dialogar com a sociedade. Quem diria que vampiros e zumbis fariam mais sucesso hoje que a literatura tradicional, ou que mitologia grega, por exemplo. A estratégia fundamental é trabalhar com qualidade. Seja falando de tupi, mitologia africana ou qualquer outro tema. Ler, antes de escrever.

TEREZA RECHE
Cultura e Intelectualidade caminham de mãos dadas, entretanto não são homogêneas... Afinal, a sociedade está mais intelectualizada ou apenas mais “antenada”?

ADHEMAR
Mais antenada, claro. Se isso vai nos levar a um avanço para a intelectualidade, depende do tempo e do interesse coletivo. O perfil de intelectual também varia com o tempo. Quem sabe não tenhamos um futuro em que conhecer cultura pop seja o supra sumo da intelectualidade? 

TEREZA RECHE
Em que está trabalhando atualmente (livros)?

ADHEMAR
Tenho a ideia de escrever um romance que trate da urbanização recente do Brasil (de 1970 a 2000). Uma história que envolva o reconhecimento do indivíduo na cidade grande. O pertencimento, o caipira no mundo urbano e interligado.

TEREZA RECHE
De suas obras, qual sente maior apreço e qual sua sinopse resumida?

ADHEMAR
Ainda no prelo.

TEREZA RECHE
É complexo discutir política hoje no Brasil, entretanto é nítido que ser escritor hoje, e não me refiro aos últimos poucos anos, cito décadas e décadas atrás, é extremamente dificultoso. Porém, devido à crise intensa em que vivemos, e o foco dos auxílios do atual governo não ser os profissionais escritores, como você analisaria do seu ponto de vista, o futuro das Editoras, dos escritores iniciantes e por fim dos livros físicos? 

ADHEMAR
O futuro está nos livros eletrônicos e na associação com a produção para TV e Teatro. As editoras tendem a se associar a empresas de telefonia para ampliar as vendas. Existem gostos os mais diversos para serem contemplados e textos para satisfazer essa demanda.

TEREZA RECHE
Quais seus planos para 2016 em relação a sua vida literária?

ADHEMAR
Ler, antes de escrever. E escrever pequenos contos.

TEREZA RECHE
Deixe sua mensagem aos leitores e colegas de profissão. 

ADHEMAR
O futuro está nas nossas mãos e vamos ser capazes de mudar a sociedade quando mais entendermos dela. Leia de tudo e escreva impressões do que leu e de coisas que observa no dia-dia.


domingo, 28 de fevereiro de 2016



- ENTREVISTA COM AUTORES VI -

POR TEREZA RECHE

Diego de Toledo Lima da Silva



A sexta entrevista com autores, é com o Técnico Ambiental formado pelo Colégio Rio Branco, Bragança Paulista/SP, redator da "Revista Eletrônica Bragantina online".
Formou-se em Engenharia Ambiental pelo Instituto Superior de Ciências Aplicadas, de Limeira/SP. É servidor público estadual, andarilho e cronista, amante da história e da literatura, dedica-se ao “mundo das crônicas” há três anos. Foi vencedor do 1º Prêmio Radiotelegrafista Amaro Pereira de Crônica, com o texto “Viagem memorial”, e 3º colocado no 2º Prêmio Radiotelegrafista Amaro Pereira de Crônica, com o texto “A carta do embornal”.

TEREZA RECHE 
Como e quando o sr(a) iniciou sua carreira, e o que o levou a isso?

DIEGO DE TOLEDO
Trabalhava com educação e conscientização ambiental, sendo que em determinado momento notei que não conseguia alcançar mais pessoas, ampliar sua sensibilidade ambiental. Por meio dos textos de meu amigo Susumu Yamaguchi, iniciei a escrita de crônicas e a narrativa de minhas caminhadas.

TEREZA RECHE 
Cite suas obras e onde encontrá-las por gentileza.

DIEGO DE TOLEDO
Boa parte de minhas obras estão publicadas na internet, como os artigos publicados na Revista Bragantina On Line e no Caderno Rural do Jornal Piracaia Hoje, além do próprio Scribd. Tenho um livro publicado pelo Clube de Autores, com o título “Crônicas Mantiqueiras”, que pode ser adquirido pelo link: http://www.clubedeautores.com.br/book/168255--Cronicas_Mantiqueiras. Este livro gerou um projeto/site com o mesmo título, que pode ser acessado pelo link: https://sites.google.com/site/cronicasmantiqueiras. Meus trabalhos também podem ser acessados pelo Facebook: https://www.facebook.com/diego.detoledo.7 e pelo Google+: https://plus.google.com/u/0/+DiegodeToledo

TEREZA RECHE 
Você acha que a figura do “leitor” continua em segundo plano nas reflexões literárias? 

DIEGO DE TOLEDO
Acredito que isso depende do estilo literário e do próprio autor. Sempre que escrevemos algo escrevemos para alguém, mesmo que muitas vezes as produções sejam sobre nossas próprias histórias, anseios, pensamentos e sentimentos. Escrevendo com o coração atingimos o leitor em seu próprio interior, mais cedo ou mais tarde. As palavras são eternas, os escritores passageiros.

TEREZA RECHE 
A Literatura há alguns anos, vem tomando novo corpo, a tecnologia propiciou isso. Publicações virtuais, facilidade em se auto publicar, dentre outras vias. Ao seu ver, como escritor da atualidade, esse cenário é de fato benéfico à Literatura, ou precisamos rever nossos conceitos?

DIEGO DE TOLEDO
É muito benéfico, mas exige bastante adaptação do escritor. A base da produção dos cronistas amadores (como eu) continua sendo uma folha de papel em branco e uma caneta. Posteriormente, o texto é passado para o computador e para as várias mídias virtuais/sociais. Falo pela minha experiência com meu primeiro livro, que a comercialização de obras auto publicáveis é bastante complicada, principalmente para quem exerce uma atividade profissional. Mas a internet e as mídias sociais propiciam agilidade na disseminação de nossas palavras. Assim, dependendo do ponto de vista, existem pontos ruins e bons.


TEREZA RECHE
Qual o papel do escritor, em relação a disseminação e consequente transformação mental, intelectual e filosófica dos leitores como sociedade? 

DIEGO DE TOLEDO
É um papel excitante e ao mesmo tempo de grande responsabilidade. Mesmo que muitas vezes não conseguimos a tal “transformação”, mas proporcionamos reflexão para diversos fatores, como: natureza, história, gente e o próprio tempo. Já consegui emocionar algumas pessoas, consegui que outras percorressem os mesmos caminhos que percorri... Isso é uma coisa fantástica! Somos uma metamorfose ambulante neste mundo louco e, infelizmente, ainda cheio de guerras!

TEREZA RECHE
Qual a sua leitura de ficção brasileira hoje? É possível traçar vertentes e características?

DIEGO DE TOLEDO
Confesso que não leio livros de ficção. Com base nas minhas leituras, vejo muitas coisas reais misturadas com ficção, com sonhos e com pensamentos. Isso é algo maravilhoso, imagine você lendo um texto no qual a realidade e a ficção não possam ser separadas. É uma viagem psicodélica (risos!). 

TEREZA RECHE
Escrita ou Vendas? Partindo do seu ponto de vista, qual desses substantivos femininos melhor se encaixaria no cenário literário atual? E por que?

DIEGO DE TOLEDO
Pergunta difícil hein...? Na minha opinião, vendas. Mas acredito friamente na escrita, pois temos milhares de autores que não são ricos, muito menos escritores profissionais. Somos amadores e isso não é vergonha pra ninguém, pois amador ama o que faz, dedica-se mesmo sem receber financeiramente (muitas vezes) para àquilo.

TEREZA RECHE
Qual escritor admira? E qual escrita aguça sua curiosidade literária?

DIEGO DE TOLEDO
O grande Rubem Alves, Vinicius de Moraes, Graciliano Ramos, Teodoro Sampaio, Euclides da Cunha, meu falecido amigo, escritor e historiador Amilcar Barletta, além de meu grande camarada, do alto da Serra da Mantiqueira, Susumu Yamaguchi. Quant à escrita, prefiro crônicas e relatos, acho fantástico.


TEREZA RECHE
Que problemática você destacaria na prática da difusão cultural no país? Como poderíamos resolver, senão amenizar tal situação?

DIEGO DE TOLEDO
Esta é uma questão complicada e ainda sem solução. Arrisco dizer que daqui 15 anos estaremos falando da mesma questão. Na minha opinião, a escola é a base de tudo, de toda mudança. Mas qual é o alcance de nossos textos no ambiente escolar? Somos tantos pequenos autores espalhados pelos vários cantos do país, imaginem a capacidade de difusão cultural e disseminação de boas coisas pelas escolas do país, seria uma questão de abrir espaço e de possibilidade no próprio plano curricular.

TEREZA RECHE
Como profissional literata, ao criar um novo livro, você exerce a escrita racional ou permite que a inspiração flua de maneira livre?

DIEGO DE TOLEDO
No meu processo de criação não existe escrita racional, sistemática. É tudo inspiração, movimento que flui da alma, do espírito, com toda liberdade que merece. É algo fantástico...

TEREZA RECHE
O que você, na pele de leitor, jamais leria?

DIEGO DE TOLEDO
Palavras mentirosas, histórias falsas e não vividas.

TEREZA RECHE
Escritor incondicionalmente o sendo por amor. Existe?

DIEGO DE TOLEDO
Existe, pessoalmente conheço uma meia dúzia por aí (risos). Mesmo não ganhando dinheiro, nem aparecendo na grande mídia, um elogio de vez em quando sempre é bom para o ego e para o espírito.


TEREZA RECHE
Por que na sua opinião, certos gêneros, por mais interessantes que pareçam ser, não vendem no mercado atual literário? Qual a estratégia, se é que existe, a ser posta em prática para que este obstáculo seja vencido? 

DIEGO DE TOLEDO
Este não é um fenômeno exclusivo da literatura, mas também da música, por exemplo. Certos gêneros literários nunca vão acabar, mesmo que seu espaço seja pequeno. No entanto, acredito que há espaço para todos os gêneros e estilos literários, cabe a cada leitor refletir sobre isso e abrir sua mente.

TEREZA RECHE
Cultura e Intelectualidade caminham de mãos dadas, entretanto não são homogêneas... Afinal, a sociedade está mais intelectualizada ou apenas mais “antenada”?

DIEGO DE TOLEDO
Com certeza, apenas mais “antenada”. Sem dúvidas, a intelectualidade dos dias atuais é menor que em outros tempos, e temos perdidos muitas boas pessoas, seja pela idade ou por outros fatores. Cabe a nós, mais jovens, ouvir as histórias destas pessoas, absorver seus conhecimentos e suas palavras. E, com base nelas, aperfeiçoar nosso caráter, nossas próprias experiências. 

TEREZA RECHE
Em que está trabalhando atualmente (livros)?

DIEGO DE TOLEDO
Atualmente, não tenho trabalhado em nenhum livro. Mas tenho produzido muito (uma base de cinco crônicas por mês), textos maravilhosos. O site Crônicas Mantiqueiras está dando um bom retorno, bem como as publicações em Jornais Regionais. 

TEREZA RECHE
De suas obras, qual sente maior apreço e qual sua sinopse resumida?

DIEGO DE TOLEDO
Puxa! São tantas... Diria pra você que tenho dois textos especiais: “O som da eternidade” (https://sites.google.com/site/cronicasmantiqueiras/home/pub) e “Meu aniversário” (https://sites.google.com/site/cronicasmantiqueiras/textos/20). São belas lembranças de minha falecida avó paterna, produzidas em memórias reais misturadas a sonhos tão belos. São histórias que nos fazem sentir que estamos vivos, bem vivos neste mundo tão turbulento.

TEREZA RECHE
É complexo discutir política hoje no Brasil, entretanto é nítido que ser escritor hoje, e não me refiro aos últimos poucos anos, cito décadas e décadas atrás, é extremamente dificultoso. Porém, devido à crise intensa em que vivemos, e o foco dos auxílios do atual governo não ser os profissionais escritores, como você analisaria do seu ponto de vista, o futuro das Editoras, dos escritores iniciantes e por fim dos livros físicos? 

DIEGO DE TOLEDO
É bem complicado, todos estão buscando formas de se manter e de poder disseminar suas palavras. Penso que é um processo de adaptação bem difícil, onde vamos seguindo em frente, um dia após o outro.



TEREZA RECHE
Quais seus planos para 2016 em relação a sua vida literária?

DIEGO DE TOLEDO
Continuar produzindo belas crônicas, coisas do coração, belas palavras que emocionem outras pessoas, por mais simples que sejam... E que estas crônicas sigam ao lado de minhas andanças pelas estradas de chão de nossa terra.

TEREZA RECHE
Deixe sua mensagem aos leitores e colegas de profissão. 

DIEGO DE TOLEDO
Foi uma honra ser entrevistado e apresentar opinião sobre assuntos tão diversos e importantes para o ambiente literário. Eu sou apenas um bom caipira, um andarilho... As palavras, as frases e os textos formados não são meus, são de todos que buscam coisas belas, que lutam pelo resgate da história, da preservação ambiental e da valorização de nossa gente. Deixo aqui um trecho de uma crônica ainda não publicada: 

“Poemas encantados de dias tão iguais, instantes e estradas, versos e segredos do caminho. Envoltos na poeira do sertão, tendo um ao outro como apoio para vencer todo desafio.” 

                                                           Um abraço meus camaradas!





Caro Diego de Toledo, foi um prazer ter sua participação no Blog Por Tereza Reche.





BLOGUEIRAS DE SUCESSO




(Entrevista com blogueiras)

Entrevista I

(NATÁLIA DANTAS)


Quem é a blogueira Natália?

Meu nome é Natália Dantas, tenho 21 anos, sou Nordestina, natural de Natal/RN. Sou casada, tenho um bebê lindo de 9 meses de idade. E atualmente dona de um IG e Página literária chamado "Estante da Nat".

Amo a literatura em si desde criança, como não tinha dinheiro para comprar livros eu sempre pegava livros emprestados na biblioteca da escola, e até hoje a literatura faz parte da minha vida todos os dias. Amo cada livro da minha estante, apesar de serem poucos mas são preciosos para mim. Acredito que meus livros será uma grande herança pro meu filho que desde a gravidez comecei a ler e contar histórias para ele. Enfim, não sei muito o que falar sobre mim.



Como e quando o sr (a) iniciou sua carreira de Blogueira, e o que o levou a isso?

Faz muito pouco tempo, no máximo 4 meses, meu IG é um bebê. Na verdade, eu criei a página antes do IG, a mais ou menos 1 ano atrás mas parei de postar porque isso foi no tempo em que estava grávida e a gravidez me trouxe muitos problemas, o que me impossibilitou. Então passados alguns meses eu decidi criar o IG, o que me trouxe muita felicidade em tão pouco tempo. Quando eu criei a página e o IG o intuito era de apenas postar as resenhas dos meus livros, falar um pouco sobre eles e nada mais, apenas como entretenimento. Mas em pouco tempo foram surgindo oportunidades.

Cite as obras quais mais o (a) impactaram como leitor (a), e qual o motivo mais relevante?

"Meu Pé de Laranja Lima" é uma obra que me emociona toda vez que me vem a lembrança, foi algo muito impactante e que me fez chorar como um bebê. Outra obra que me fez refletir muito sobre a vida em como enxergar as coisas de um modo diferente foi "O Pequeno Príncipe" acho que seria até um erro não citar esse clássico que mudou a vida não só minha mas de muitos leitores. E por último, uma obra mais atual que é o livro "Extraordinário" que muda completamente a questão da forma de olhar para alguém, me mostrou que não devo julgar ninguém pela aparência e que realmente o que vale é o coração. Basicamente todo mundo sabe que o que importa é o que vem de dentro, mas o livro nos faz ver pelos olhos do August o que ele realmente passa nos deixando ali uma experiência profunda do que realmente importa.

Você acha que a figura do “leitor” continua em segundo plano nas reflexões literárias?

Sim, infelizmente. Na minha opinião o leitor caminha lado a lado com o escritor, afinal sem leitores não existiriam escritores. E infelizmente ainda temos poucos leitores, aqui no nosso país a leitura não faz muito parte da cultura. E isso me deixa muito triste.



A Literatura há alguns anos, vem tomando novo corpo, a tecnologia propiciou isso. Publicações virtuais, facilidade em se auto publicar, dentre outras vias. Ao seu ver, como escritor da atualidade, esse cenário é de fato benéfico à Literatura, ou precisamos rever nossos conceitos?

Acredito que sim, pois é um meio que facilita e possibilita o leitor de ter novos conhecimentos. Acho que seria um meio também do autor mostrar seu trabalho, sabemos que muitos autores não tem recursos para publicar um livro e isso facilitaria muito. Acredito que o que vale é a emoção que a leitura passa.

Qual o papel do escritor, do vloguer e dos blogueiros, em relação a disseminação e consequente transformação mental, intelectual e filosófica da sociedade num todo?

Na minha opinião é distribuir conhecimento, acho que nossa sociedade ainda é muito leiga em relação a isso e me sinto na responsabilidade de reverter esse quadro.

Qual a sua leitura de ficção brasileira hoje?

Minha última leitura foi "Os Verdadeiros Gigantes" do autor Charles William Krüger, que aliás é ótimo. Amo livros de época, o livro é do gênero Ficção Fantasiosa, recomendo muito.

É possível traçar vertentes e características?

Sim, acho que tudo é possível. Mas ainda há muito o que se traçar.

Escrita ou Vendas?

A escrita. Acredito que o benefício é ser bem aceito com o que se escreve. As vendas nem sempre beneficiam o autor.



Partindo do seu ponto de vista de um profissional envolvido com ambos perfis, tanto autores quanto escritores, qual desses substantivos femininos melhor se encaixaria no cenário literário atual? E por que?

Os dicionários descrevem o significado de autor e escritor como sendo o profissional que escreve livros, mas no meio editorial o significado é bem diferente. O escritor é o autor sem livros publicados. Isto é, se você deseja escrever livros você é um autor e não escritor.
O autor é um pensador de ideias originais, que através dos livros transmite ideias e pensamentos despertando o interesse das pessoas pelas histórias escritas. O escritor é aquele que se expressa através da arte de escrever, pois acredita que sua visão peculiar contribui para o enriquecimento da vida de outras pessoas
Acho que os dois, de qualquer forma ambos nos trazem conhecimento.

Qual escritor admira? E qual escrita aguça sua curiosidade literária?

É difícil destacar um só escritor, mas gosto muito dos livros da Agatha Christie. Eu gosto de variar minhas leituras, leio de tudo. Mas amo histórias de época, suspense, distopia, ficção científica, fantasia, romance policial e etc.

Como você avaliaria a literatura que se encontra no ranking dos melhores e mais vendidos?

Eu acho que é muito investimento em publicidades, e a maioria desses livros não apresentam algo realmente histórico ou memorável. São poucos os livros que fazem sucesso por realmente serem bons.

Existe veracidade nesses fenômenos, ou não passam de bom Marketing?

Na minha opinião a maioria é marketing, como havia dito, são poucos os que fazem sucesso honestamente por serem muito bons.

Do seu ponto de vista de blogueira, obrigatoriamente há que se seguir critérios para a criação literária se o objetivo for “vender”?

Bem, o objetivo do meu IG e Fanpage não são vendas. Mas acredito que sim.



Que problemática você destacaria na prática da difusão cultural no país?
Como poderíamos resolver, senão amenizar tal situação?

Na minha opinião o governo brasileiro não valoriza, acho que teríamos muito mais cidadãos cultos se existisse um incentivo e valorização da cultura. Acho que a única maneira de se resolver é se nós continuarmos a valorizar essa cultura tão linda que muitos não enxergam, devemos fazer nossa parte. 

Qual o segredo do sucesso literário?

Eu realmente não sei porque ainda não alcancei (Risos). Mas acredito que amor e dedicação. Faz pouco tempo que tenho o IG e eu sempre procuro mudar ou inovar algo, mas na verdade o que me move é o amor.

Há caminhos alternativos para que se alcance o sucesso nos dias de hoje, ou sucesso é destino?

Acredito não é destino, acho que o segredo está na força de vontade, amor e dedicação.

O que você, na pele de leitor, jamais leria?

Realmente eu não sei porque leio de tudo e estou dando espaço para novos gostos.

No mundo dos blogs há muita concorrência, ou a parceria tão declarada é verídica? Existe realmente união nessa classe, e se há, em prol exatamente do que seria?

Olha, acredito que há um pouco de concorrência. Mas sempre procuro quebrar esse clima porque o meu objetivo na verdade é valorizar a literatura tanto brasileira quanto estrangeira. Por exemplo, participo de um grupo de leitores num aplicativo de mensagens que procuro sempre compartilhar minhas parcerias pra que eles também possam divulgar e assim expandir mais esse meio tão desvalorizado que é a literatura.

Por que na sua opinião, certos gêneros, por mais interessantes que pareçam ser, não vendem no mercado atual literário?

As vezes acho que algumas pessoas se prendem muito a um só gênero e acabam deixando de lado uma porta que poderia ser aberta para um novo gosto, um novo horizonte. Por isso sempre procuro variar os tipos de leitura.

Qual a estratégia, se é que existe, a ser posta em prática para que este obstáculo seja vencido?

Abrir portas para novos gostos.



Cultura e Intelectualidade caminham de mãos dadas, entretanto não são homogêneas... Afinal, a sociedade está mais intelectualizada ou apenas mais “antenada”?

Antenada. Acho que as pessoas tem recebido muitas informações só com a ajuda do mundo virtual e isso confunde um pouco.

Quais seus trabalhos no Blog? Cite, explique e discorra quais seus projetos, como participar e como estar sempre por dentro de suas novidades.

Meu trabalho é distribuir amor através da leitura, meu objetivo sempre foi e será esse. Eu como havia dito, criei apenas para postar resenhas, bater um papo sobre o assunto. Mas foram surgindo oportunidades e hoje temos algumas parcerias, então nós estamos divulgando o trabalho de autores brasileiros para que seja mais reconhecido. 

Nosso blog está em construção, mas o IG e a Fanpage trabalham prontamente para receber leitores.



É complexo discutir política hoje no Brasil, entretanto é nítido que ser escritor ou qualquer profissional do meio artístico hoje, e não me refiro aos últimos poucos anos, cito décadas e décadas atrás, é extremamente dificultoso. Porém, devido à crise intensa em que vivemos, e o foco dos auxílios do atual governo não ser a Arte, como você analisaria do seu ponto de vista, o futuro das Editoras, dos escritores iniciantes e por fim dos livros físicos?

É bem complexo mesmo porque as editoras só visam lucros e às vezes acho que exploram um pouco do autor, não sei te dizer como seria o futuro destes. Porque é muito mais complexo do que imaginamos, e ainda vai ter a falta de vontade do governo.

Quais seus planos para 2016 em relação a sua vida de blogueira?

Crescer esse mundo da leitura que ainda é tão invisível para muitos.



Deixe sua mensagem aos colegas de profissão, fãs e seguidores.

Façam tudo com amor, esse é o ingrediente principal. Sejam exploradores de conhecimento, não se prendam e tenham a mente aberta. Continuem lendo bastante, sabemos que só a leitura pode nos transportar para qualquer lugar, basta ligar a imaginação. E vivendo experiências boas ou ruins teremos inteligência para saber lidar com a realidade.

E a Tereza Reche, um muito obrigado por me oferecer a oportunidade de mostrar o meu trabalho e colocar um pouco do meu conhecimento. Obrigada também por confiar no meu trabalho e me deixar navegar pelas páginas dos seus livros.

Tereza Reche: Eu quem devo a honra de recebê-la em mais esta Coluna de divulgação do Blog Por Tereza Reche! 


















sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016




- ENTREVISTA COM AUTORES V- 
POR TEREZA RECHE

José Cícero do Nascimento

A quinta entrevista da Coluna Entrevista com autores, traz o escritor José Cícero do Nascimento (Pseudônimo: Ariano Paraná) José Cícero nasceu em 15 de abril de 1965. Sua vida não foi fácil. Nasceu e cresceu nas fazendas de café na região de Londrina - Paraná. Não teve muito tempo para ir à escola, começou a trabalhar cedo, todavia, tal fato não o impediu de ler e estudar com intensidade em sua própria casa. Podemos dizer que o moço é um autodidata. Além disso, ainda jovem tomou gosto pela escrita e pela música, tal fato o obrigou a sempre estar com papel, caneta e violão nas mãos e debruçado sobre os livros. Com isso, conseguiu em pouco tempo a compor e escrever sobre tudo que via e ouvia. Sua casa é uma verdadeira biblioteca e museu.
Entretanto, seus trabalhos permaneceram engavetados até há pouco tempo, quando decidiu, por incentivo de amigos e parentes a levá-los para a internet e consequentemente a mostrá-los ao publico.
Dizem que para aprender não existe tempo nem idade. Seguindo tal raciocínio, depois dos trinta, José Cícero do Nascimento, decidiu a ir para a escola para se atualizar e aprimorar seus conhecimentos. O tempo foi bem aproveitado. Além dos cursos regulares, fez também diversos cursos profissionalizantes. Trabalhou por vinte anos na mesma empresa. Hoje, está aposentado e está aproveitando esse tempo para passar a limpo todos os rascunhos escritos e vividos. 
Sua batalha atual, além de escrever e compor, é fazer a divulgação de seu trabalho. Em breve teremos novidades. 

TEREZA RECHE
Como e quando o Sr (a) iniciou sua carreira, e o que o levou a isso?

ARIANO PARANÁ
Desde sempre tive vontade de expressar minhas ideias escrevendo. Mas, somente recentemente tive vontade de levar meu trabalho a público. Praticamente minha carreira de escritor se iniciou em 2013, quando escrevi Fotografias da vida. O que me levou a essa escolha foi à vontade de por para fora tanta inspiração, que acredito, vem de Deus.

TEREZA RECHE
Cite suas obras e onde encontrá-las por gentileza.

ARIANO PARANÁ
Por enquanto minha obra se resume a um livro – FOTOGRAFIAS DA VIDA -, porém, tenho mais quatro escritos e só aguardando para serem publicados. No momento o livro está disponível através de pedidos realizados via e-mail: arianoparana@gmail.com, WhatApp: (17) 17-9-9659-5926, ou no site da Multifoco Editora. http://editoramultifoco.com.br/loja/product/fotografias-da-vida/

TEREZA RECHE
Você acha que a figura do “leitor” continua em segundo plano nas reflexões literárias? 

ARIANO PARANÁ
Sim. E acredito ser um grande erro. O leitor é a outra metade da Nação do escritor. 

TEREZA RECHE
A Literatura há alguns anos, vem tomando novo corpo, a tecnologia propiciou isso. Publicações virtuais, facilidade em se auto publicar, dentre outras vias. Ao seu ver, como escritor da atualidade, esse cenário é de fato benéfico à Literatura, ou precisamos rever nossos conceitos. Qual o papel do escritor, em relação a disseminação e consequente transformação mental, intelectual e filosófica dos leitores como sociedade? 

ARIANO PARANÁ
Eu não creio que toda essa tecnologia, toda essa facilidade para publicar seja benéfica na totalidade para a cultura e literatura. Tem muito lixo em meio a coisas ótimas. Precisamos rever nossos conceitos. Existe muita gente lucrando com toda essa facilidade, mas o publicado nem sempre agrada o principal que deveria se sentir satisfeito, que é o leitor. A literatura, a cultura são quem estão perdendo com tudo isso. Qual será o legado?
No geral, o escritor tem papel importante na transformação da sociedade no sentido mental, intelectual e filosófica, moldando através da escrita o modo de pensar e de agir das pessoas e ao passar para o futuro os modos e costumes de hoje. 

TEREZA RECHE
Qual a sua leitura de ficção brasileira hoje? É possível traçar vertentes e características?

ARIANO PARANÁ
Minha leitura ficcional preferida é aquela em que o autor levanta questões sobre assuntos atuais e controversos, aqueles que a sociedade tenta esconder e fingir que eles não existem. Hoje é possível separar, entre os escritores brasileiros contemporâneos, aquilo que traz um refinamento, material pesquisado, dos outros que traz uma superficialidade descarada. 

TEREZA RECHE
Escrita ou Vendas? Partindo do seu ponto de vista, qual desses substantivos femininos melhor se encaixaria no cenário literário atual? E por quê?

ARIANO PARANÁ
Muitos atores iniciantes se preocupam muito com o substantivo feminino “venda”, e até se esquecem daquilo que faz uma historia ser linda e inesquecível, a escrita. Muitas editoras, e outras que nem são, também, se preocupam mais em vender do que em divulgar a historia, o autor. Acredito que acima da literatura está o financeiro. 

TEREZA RECHE
Qual escritor admira? E qual escrita aguça sua curiosidade literária?

ARIANO PARANÁ
Machado de Assis, Paulo Coelho estão, entre aqueles que admiro. A leitura que aborda problemas que afligem a alma, que relata enigmas sociais e tópicos que desafiam a compreensão humana são as que mais aguçam minha curiosidade. 

TEREZA RECHE
Como você avaliaria a literatura que se encontra no ranking dos melhores e mais vendidos? Existe obrigatoriamente que se seguir critérios para a criação literária? Justifique-se. 

ARIANO PARANÁ
Existe muito marketing por trás das obras consideradas grandes e que encabeçam a lista de mais vendidos. Têm escritores que investem em propaganda mais do que arrecadarão com a venda de seus livros. Mas não podemos negar que algumas obras alçam voo por conta própria, por serem boas mesmo. Não existem critérios específicos para a criação literária. A concepção literária vem da alma, é particular e cada escritor trás cosigo sua particularidade. É dom. Porém, existem sim, regras que não se pode fugir. 

TEREZA RECHE
Que problemática você destacaria na prática da difusão cultural no país? Como poderíamos resolver, senão amenizar tal situação?

ARIANO PARANÁ
Em primeiro plano está o desapego das pessoas pelas artes brasileiras. Principalmente pela literatura e cinema. A um preconceito dos brasileiros sobre as coisas do Brasil, e isso vem de longe. Exemplo: quase todas as literaturas brasileiras que relatam sobre o descobrimento do Brasil foram feitas em forma de chacota, de gozação. Por quê? Para amenizar deveriam existir campanhas a favor da disseminação da cultura nas escolas desde o primário até o ensino médio. Poucas seriedades dão a esse assunto tão extraordinário. 

TEREZA RECHE
Como profissional literata, ao criar um novo livro, você exerce a escrita racional ou permite que a inspiração flua de maneira livre?

ARIANO PARANÁ
Sem sair das regras já mencionadas eu permito que a criação flua de maneira franca e constante. 

TEREZA RECHE
O que você, na pele de leitor, jamais leria?

ARIANO PARANÁ
Textos de autoajuda, explicações sobre versículos bíblicos e trabalhos literários forçados, que não fluiu naturalmente. 

TEREZA RECHE
Escritor incondicionalmente o sendo por amor. Existe?

ARIANO PARANÁ
Sim. Existem aos montes.



TEREZA RECHE
Por que em sua opinião, certos gêneros, por mais interessantes que pareçam ser não vendem no mercado atual literário? Qual a estratégia, se é que existe, a ser posta em prática para que este obstáculo seja vencido? 

ARIANO PARANÁ
Há uma falta de harmonia visível entre o público e o escritor. Certos gêneros de autores brasileiros perdem para escritores estrangeiros, talvez, pelo fato do brasileiro esquecer-se de ser artista e querer ser apenas comerciante. Em minha opinião, não existe estratégia para que esse paradigma mude. A não ser que o próprio escritor mude seus conceitos. 

TEREZA RECHE
Cultura e Intelectualidade caminham de mãos dadas, entretanto não são homogêneas... Afinal, a sociedade está mais intelectualizada ou apenas mais “antenada”?

ARIANO PARANÁ
Mais antenada do que intelectualizada. Hoje em dia há muita informação, mas de maneira espalhada e fora de contexto. Podemos encontrar o mesmo assunto retratado de vários modos diferente. Acho que isso não ajuda, só confundem. 

TEREZA RECHE
 Em que está trabalhando atualmente (livros)?

ARIANO PARANÁ
2015 e 2016, venho trabalhando em quatro livros de assuntos diferentes, depois vou avaliá-los e decidir qual deles publicar no segundo semestre do corrente ano. 

TEREZA RECHE
De suas obras, qual sente maior apreço e qual sua sinopse resumida?

ARIANO PARANÁ
Por enquanto minha obra se resume a um livro – FOTOGRAFIAS DA VIDA -, porém, estou trabalhando em outros quatro e pretendo publicar pelo menos um, ainda nesse ano de 2016. 

Sinopse


Texto ambientado na metrópole de São Paulo dos dias atuais, entramos na vida de Maria Olívia e logo no sumário vemos os homens que farão parte de sua jornada influenciando suas ações. Mas, não é uma simples vida: é uma epopeia! “Fotografias da vida” é um romance fictício com boa dose de aventura e drama juvenil, onde o tema principal é constituído pela amizade, pelos relacionamentos amorosos e familiares. Faz breve observação sobre os jovens e adolescentes e suas primeiras descobertas particulares. Num segundo plano, mas não menos importante, fala de abusos cometidos contra esses seres que ainda estão com suas personalidades e condutas em formação e nas influências que esses acontecimentos geram em suas mentes e em seu futuro. Fotografias da vida, além dos tópicos apresentados, faz uma metáfora sobre o sistema prisional brasileiro e critica, de forma sutil, o modo de viver da sociedade. “Fotografias da vida” mostra adolescentes falando sobre assuntos de adulto. Adquira “Fotografias da vida” leia e conheça as aventuras e desventura de Maria Olívia Palimo.


TEREZA RECHE
É complexo discutir política hoje no Brasil, entretanto é nítido que ser escritor hoje, e não me refiro aos últimos poucos anos, cito décadas e décadas atrás, é extremamente dificultoso. Porém, devido à crise intensa em que vivemos, e o foco dos auxílios do atual governo não ser os profissionais escritores, como você analisaria do seu ponto de vista, o futuro das Editoras, dos escritores iniciantes e por fim dos livros físicos? 

ARIANO PARANÁ
O futuro é incerto, tanto para Editoras, como para novos escritores e para os livros impressos; chega ser triste. Vi na internet um livro de 180 páginas, com uma historia fascinante sendo vendido por R$5,99. Que isso companheiro? As Editoras terão que se unirem aos novos escritores, não com o intuito de explora-los, como muitas veem fazendo, mas a de trabalharem juntos, como se fossem uma empresa, só assim para tentar burlar os problemas que veem por ai, com relação à divulgação e vendas de LIVROS IMPRESSOS. 

TEREZA RECHE

Quais seus planos para 2016 em relação a sua vida literária?

ARIANO PARANÁ
Mesmo conhecendo as dificuldades, pretendo publicar em 2016. 

TEREZA RECHE
Deixe sua mensagem aos leitores e colegas de profissão.

ARIANO PARANÁ
Aos escritores, não desistam e seja o mais original possível. Leia muito e pesquise bastante. Faça perguntas. Jamais escreva sobre algo que não conheçam. Afinal, escrever um livro é como fazer um bolo. Primeiro se tem a ideia de fazê-lo, depois, se junta os ingredientes e em seguida e só monta-lo. Logo, o desejo do confeiteiro, assim como do escritor é o de mostrá-lo para todo mundo. Não se empolgue demais e vá de vagar. Aos leitores, esqueçam um pouco a literatura habitual e consuma escritas atuais, de escritores novos e brasileiros, ali existe toda uma perspectiva do moderno, do agora. 







"O difícil fiz ontem, o fácil, faço hoje, o impossível, farei amanhã".


Caro José Cícero do Nasciento, foi um prazer ter sua participação no Blog Por Tereza Reche.