terça-feira, 29 de dezembro de 2015


Resenha 
DELÍRIOS DE CASSANDRA


Nas profundezas da mente de uma jovem mulher, duas vidas relutavam inseridas num corpo. Cassandra Fênix era filha de um psicanalista milionário, viúvo e desiludido. Casada e mãe de um jovem rapaz de 15 anos, ela vive entre duas dimensões sendo que jamais consegue entender qual delas, de fato é sua realidade. Aos poucos, Cassandra percebe que não se trata de real e irrealidade, porém, de paralelismo, onde se vive o mesmo agora noutra dimensão...  
O leitor será instigado a analisar os labirintos da mente de Cassandra, vivenciando suas viagens astrais, encontros inusitados com aquilo que neste mundo apenas sentimos, mas noutro veríamos, tocaríamos e vislumbraríamos criar vida! Onde o amor tem forma, a dor nos transforma e o ódio nos dilacera com força. 
Os monstros são reais, seus egrégoras tanto quanto...  
Sua vida doce de esposa rica e protegida, não passava de vestimenta de 3ª dimensão... Mas era em seus delírios, ou não, que a verdadeira face de Cassandra surgia. E no lamaçal de suas dores, de suas culpas e agonias, que o universo interno daquela mulher a destruiria.!
Mas afinal? Qual deles era o real? Ou não passavam apenas de delírios?...

Escritora Tereza Reche

domingo, 20 de dezembro de 2015



Que sorriso insolente toma-me de vez em quando.
Que arrepio irremediável arrasta-se pela pele sem que eu preveja.
Que sonda-me, ronda-me... Está sempre ao lado, ao redor... Espreita-me.
Avise-me, conta-me tudo e descreve-me cada fato mesmo que doloroso, mesmo que não deseje saber.
Minuciosamente em cores, vozes, sons, cenas e claridade do momento em que ocorrem!
Que me transborda daquilo que desejo, mas não possuo no tempo em que quero ou, de quem gostaria de ter...
Que me traz para si sem que eu possa fugir, e não o vejo ali!
Que desejo incontrolável de escrever me faz sentir, o que nunca deveria e, restrinjo-me quase sempre...
São essas e outras coisas que causa em mim, mas que eu busco conter.
Pois se não o fizesse, seria definitivamente como um veneno de sabor suave e adorável...
Veneno fluido de perfume viciante, um azedo-doce, escorregadio, túrgido, túrbido e morno.
Mortal, principalmente para mim!



sexta-feira, 18 de dezembro de 2015


Entrevista cedida à blogueira literária Ceiça de Carvalho, autora do site "ARCA LITERÁRIA"
10 de Dezembro de 2015








                                                                                                                   
Ceiça Carvalho
Blogueira e Autora do Site ARCA LITERÁRIA 



Tereza Reche, fale-nos um pouco sobre você.

Dei início a minha vida literária aos 8 anos, escrevia desde histórias em quadrinhos até finalmente aos 12 anos concluir meu primeiro romance histórico.

Entre o ano de 1988 e 2000, escrevi três romances e uma antologia, ingressei na Facu
ldade de Biomedicina em 2001, e a partir de então após formação na área profissional, trabalhei em laboratórios clínicos e hospitais, até finalmente em 2008 ingressar na docência de Ensino Superior.

Na Faculdade Anhanguera atuei como Coordenadora do curso de Biomedicina entre 2009 a 2011, onde implantei projetos e um Laboratório Escola que hoje recebe os alunos estagiários do curso de Biomedicina.

Publico em 2012 a trilogia histórica intitulada ARMADILHAS DE UM TEMPO, em 2013 o romance místico O SILÊNCIO DE EULLER, em 2015 o romance histórico DITADURA DE CORAÇÕES. Todos pela Editora PerSe de maneira virtual.

O que você fazia/faz além de escrever? De onde veio a inspiração para a escrita?

Biomédica por profissão, respondo em Laboratórios de Análises Clínicas. Já atuei na docência de ensino superior e médio nas áreas biomédicas e exatas, atualmente atuo na área da saúde.
Qual a melhor coisa em escrever?

O momento da pesquisa, do mergulhar em novos conhecimentos e descobertas. Quando investigamos a história, a geografia ou qualquer outro instrumento necessário para dar continuidade a nossa criação, estamos abrindo um fractal de conhecimento único desse cenário só nosso.

Você tem um cantinho especial para escrever?

Meu quarto sem dúvida é sagrado, ali eu me inspiro, eu vivo, eu reflito e gero todos meus personagens e livros. Não me lembro de tê-los escrito fora de onde adormeço e desperto.
Qual seu gênero literário? Já tentou passear em outros gêneros?

Sempre foquei no romance histórico, ARMADILHAS DE UM TEMPO foi minha melhor obra. Uma trilogia de aproximadamente 2000 páginas que aborda questões político religiosas do século XVI. Sim, tentei o gênero contemporâneo no romance espírita O SILÊNCIO DE EULLER, dentre outros.
Fale-nos um pouco sobre seu(s) livro(s). Onde encontra inspiração para título e nomes dos personagens?

ARMADILHAS DE UM TEMPO: É um romance histórico, então permeia fatos verídicos enquanto mescla fatos fictícios. Há muitos personagens reais como Calvino, João Knox, Miguel de Servet dentre outros, como os que criei como Esteban Delmar e Catalina Laguna. A trilogia conta desde as primeiras décadas da Reforma Protestante em 1536 até 1598 no grande Édito de Nantes na França. Muita guerra, muita intriga, inquisição, santo ofício e huguenotes, são os temas principais do livro que gira em torno do líder huguenote Esteban e da ex noviça Catalina.

O SILÊNCIO DE EULLER: É um romance espírita, conta a história de um físico bem-sucedido e cético chamado Euller, que carrega um fantasma consigo desde os 15 anos. Uma bela garota lhe aparece sempre em sonho, banhada em sangue. Com o decorrer da trama, ele descobre que é a reencarnação de um rapaz chamado Daniel, ele e Dnajara, a garota de seus sonhos, haviam vivido um evento na década de sessenta que teria que ser resolvido. O romance alterna as duas encarnações nas 100 primeiras páginas.

DITADURA DE CORAÇÕES: Romance escrito para um concurso, portanto o único com menos de 500 páginas. Aborda a Revolução Constitucionalista através do romance avassalador entre o jornalista republicano Felipe Russo e a filha de um Tenente Coronel. Eles lutam arduamente em tempos de guerra para ficarem juntos, mas nada será tão fácil como eles imaginavam.

Sobre a inspiração…. É algo bem transcendental. Mágico. As ideias fluem de lados contínuos e quando percebo escrevi 70 páginas!
Qual tipo de pesquisa você faz para criar o “universo” do livro?

Quando estou inserida na história já há algum tempo, imersa mesmo, então a pesquisa parece fazer parte dessa imersão, está lá, pronta para ser usada de instrumento para dar continuidade. Então é feito buscas de artigos, livros se necessário, no caso de ARMADILHAS até a Torre do Tombo entive o cuidado de entrar em contato por e-mail, houve retorno, para trazer veracidade à história. Pesquisei anos por exemplo para escrever essa trilogia.
Você se inspira em algum autor ou livros para escrever?

Gosto da escrita minuciosa de Fiódor Dostoiévski, suspiro lendo os livros dele por sentir o que ele escreve. Seja o que for. É isso que pretendo atingir um dia, escrever de tal forma, que possam sentir a emoção naquele pequeno fragmento escrito.
Você já teve dificuldade em publicar algum livro? 

Sim.
O que você acha do novo cenário da literatura nacional?

Extremamente competitivo, crescendo exponencialmente em relação a quantidade de autores. Porém, quando se fala em conteúdo, ou ainda, em gênero literário o que se vê na verdade é o contrário. Se estratificarmos desde os gêneros que mais vendem, até os que sequer saem da livraria, veremos que o que temos hoje é um aumento sim literário em relação ao passado, porém, por produção. Não é algo feito de forma lapidada, original, são sim histórias muito boas, entretanto um novo modelo de literatura, não a que conhecemos, algo criado nos dias de hoje. Interessante, digno de apreciação e até admiração, mas não confundamos literatura deste século permeada de “inspirações muleta” onde se inspira na história do outro para escrever a sua, com a inspiração de essência, onde essa é tão somente advinda do seu autor. Acredito que trazemos muitos traços de nossos ídolos literatas, mas isso de longe significa o que se vê hoje na maioria das vezes.
Recentemente surgiram várias pessoas lançando livros nacionais, uns são muito bons, outros nem tanto, outros são até desesperadores, o que você acha sobre este boom?

Concluindo o raciocínio acima, é exatamente o que eu citei, há uma facilidade muito grande em publicar virtualmente hoje devido à internet. Como as Editoras, não todas claro, mas algumas, não se importam com a reputação do escritor, não o acolhem revisando seus textos dando-lhe auxilio. Simplesmente o deixam livres na plataforma, o que ocorre é que centenas de novos autores surgem por dia nessas plataformas, esses livros ficam totalmente perdidos lá pois geralmente pesquisamos no máximo algumas páginas. Ou seja, livros excelentes perdidos talvez, e livros péssimos nas primeiras páginas? Isso denigre a imagem da Literatura, por isso tenho comigo a teoria de que, a literatura que temos hoje, é um modelo totalmente individual e distinto da que carrega os grandes nomes da Literatura que conhecemos. Tanto pelos valores, quanto pela atenção que se dispõe a ela.

Qual sua opinião sobre os preços elevados dos livros nacionais?

É uma questão complicada, sobretudo muito relativa. O preço geralmente tem um histórico justificável desde a revisão, diagramação, arte, capa, impressão, número de páginas dentre muitos detalhes. E dentro de todo esse cenário mesmo variando entre um romance como o meu de 866 páginas e outro de 250 páginas, a editora não poderá distanciar tanto os valores para não assustar o leitor. Mesmo sendo nacional, mesmo sendo produzido aqui, não existe milagre. Escrever sai caro, ser escritor é caro!
Qual livro você falaria: “queria ter tido esta ideia”?

Tristão e Isolda. É um romance celta do século XII que desde a primeira vez que eu li, já o li várias vezes e já pensei nisso sim.
Se tivesse que escolher uma trilha sonora para seus livros qual seria? (nome da musica + cantor)

ARMADILHAS DE UM TEMPO: Álbum completo – Deuter

O SILÊNCIO DE EULLER : Haja o que Houver – Madreus

DITADURA DE CORAÇÕES: Anywhere – Evanescense

Já leu algum livro que tenha considerado “o livro de sua vida”?

O Idiota – Dostoiévski

Você tem novos projetos em mente? Se sim, pode falar sobre eles?

Sim, alguns livros em andamento:

O CÁTARO – romance histórico

DELÍRIOS DE CASSANDRA – drama

CALENDÁRIO DA VIDA – romance

OS FILHOS DE BONACCI – suspense policial

MÓRBIDA SENTENÇA – (roteiro) suspense policial

PÁCTOS CÓSMICOS – ufos/ficção/romance

LIMPE MEU SANGUE- romance

INÚMERAS PALAVRAS II – ensaio poético

Você acompanha as críticas feitas por blogueiros nas redes sociais? O que você acha sobre isso?

Sim! Arduamente. Acho maravilhoso, leio resenhas, vejo o interesse dos leitores e respeito o leitor de uma forma quase sagrada! Então acompanho sim, e acho de extrema importância que se tenha muita integridade antes de decidir discorrer algum texto ao público. Por que quando você lê um blogueiro citando seu livro, o que achou dele ou criticando-o, você vê ali certa despretensão. Isso é confiável e necessário para o aprimoramento do escritor, é o termômetro para o aperfeiçoamento contínuo.

Se pudesse escolher um leitor para seu livro (escritor, alguém que admire) quem seria?

A escritora e poetisa Adélia Prado.
Qual a maior alegria para um escritor?

Escrever. Nada mais.
Deixe uma mensagem a nossos leitores e para aqueles que estejam iniciando no mundo da literatura.

Aos leitores, minha admiração, meu respeito e, sobretudo, minha inspiração e vidas em forma de personagens, cenários de guerras, romances, intrigas, medo e beleza. Aos que iniciam, entreguem sua vida à escrita de tal forma que não mais vivam sem ela. Só assim, saberão se realmente são escritores.



Escritora Tereza Reche 





DELÍRIOS DE CASSANDRA

"... Eram 16:00hs, acordara há menos de três horas... Estava exausta, a mente pesava. O sono veio pouco depois e pensou: - Já é tarde, logo anoitece, prefiro anoitecer-me primeiro!. - e novamente fechou as cortinas que foram abertas há tão pouco tempo..."
Pois não havendo sabor no cotidiano, Cassandra o buscava debaixo da colcha, do escuro do quarto e no silêncio do sono.


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015



TURBIDEZ 


Tudo embaçado.
Visão dos olhos.
Visão da alma.
Visão do entendimento.
Visão do racional.

Quem se importa?
Ninguém...
Não pense que sua dor alcançará alguém.
Pois não irá alcançar.
Menos ainda seu alvo de desejo.
Este? Menos ainda.
Dói este saber? 
Cure-se!
Esta é a dor da qual ninguém se desvia.
Karma de todos, de todo aquele que ama, porém não tem o amor correspondido.

Fato cortante e amargo.
Fato!
Apenas e nada mais que fato.
Aceite-o.
Engula-o como se faz diante os remédios que nos saram.
Que esta realidade maldita e macabra nos destrua de uma vez as entranhas, e delas nasçam algo mais forte. 
Mais resistente frente a tão fatídico infortúnio chamado de Amor... 




























Escritora Tereza Reche 


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

PRÊMIO CARLOS CHAGAS - 2016





Em Maio de 2016, na cidade de Itabira, como ocorre todos os anos, os profissionais escolhidos através de indicação de uma banca de outros profissionais também previamente indicados e com histórico de premiações anteriores, receberão conforme sua profissão, uma homenagem por seu destaque e atuação. Comumente, através de pesquisas e indicações de valores ligados ao mundo literário, empresarial, político, jornalístico não deixando de lado as redes sociais, onde cada perfil a ser selecionado, minuciosamente assistido durante um longo prazo, tais personalidades da literatura/medicina dentre outros, são analisados e somente após aprovação unânime dos indicadores, são tidos como potenciais convidados. São os focos do Evento anualmente ocorrido na cidade do escritor Carlos Drummond Andrade:





Destaques do Ano

Cecília Meireles (Mulheres Notáveis - Literatura)

Pedro Aleixo (Personalidades Notáveis)

Carlos Chagas (Medicina - Profissionais da Saúde)

Jovens de Sucesso

Elegantes do Ano.


Troféu Carlos Chagas e Pedro Aleixo

Troféu Carlos Drummond Andrade

Troféu Cecília Meireles



TROFÉU CECÍLIA MEIRELES - ABRIL 2015

Recentemente recebi o Troféu Cecília Meireles - 2015 em Abril (Literatura), e em Outubro, o Troféu Carlos Drummond Andrade Edição Ouro - 2015. No último dia 03 de Dezembro, recebi o maravilhoso convite para ser homenageada com o Troféu Carlos Chagas - 2016 pela atuação como Biomédica pela qual sou formada. É com muita gratidão e alegria que preparei essa matéria especialmente dedicada a esse evento e aos seus realizadores. 

Ao centro, Eustáquio Lúcio Félix e sua esposa Sônia Félix 
(realizadores do Evento anual ocorrido na cidade de Itabira - MG)












CARLOS CHAGAS - Breve Biografia

Nada mais justo que falar sobre o nobre doutor Carlos Chagas, nascido em 1879-1934, foi médico, cientista, pesquisador e sanitarista brasileiro. Dedicou-se ao estudo das doenças tropicais. Descobriu o protozoário do gênero Plasmodium, causador da Malária. Descobriu também o parasita Tripanosoma Cruzi, transmissor da doença de Chagas. Em 1901 a Malária atacou vários trabalhadores na construção da represa na região de Santos, em São Paulo, chegando a parar a obra. Carlos Chagas foi recrutado para combater e evitar a propagação da doença, com medidas sistemáticas de saneamento, logo debelou a doença. Atualmente a Malária predomina na Região da Amazônia-Legal. Ainda não existe vacina contra a doença. Em 1907 teve início a pesquisa sobre a doença de Chagas e só em 22 de abril de 1909 o sanitarista Osvaldo Cruz anunciava à Associação Nacional de Medicina a descoberta por Carlos Chagas da doença de Chagas. Transmitida pelas fezes do inseto hospedeiro, conhecido por barbeiro, por atacar principalmente o rosto das pessoas. O barbeiro vive principalmente nas frestas das casas de barro, na zona rural e tem hábitos noturnos. A picada na pele coça e as fezes do inseto penetra no organismo, causando a doença. Carlos Chagas (1879-1934) nasceu em Oliveira, Minas Gerais no dia 9 de Julho de 1879, era filho do cafeicultor José Justino Chagas e Mariana Cândida Ribeiro de Castro. Carlos Ribeiro Justino Chagas, seu nome da batismo, ficou órfão de pai quando tinha quatro anos de idade. Estudou no Colégio São Luís, em Itu no interior de São Paulo. Carlos Chagas ingressou na Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro, com 18 anos. Em 1902, já formado iniciou sua tese "O ciclo evolutivo da Malária na corrente sanguínea", concluída em 1903. Dedicou-se ao estudo das doenças tropicais, principalmente da Malária. Em 1904 instalou seu laboratório particular no Rio de Janeiro. Por indicação do professor Miguel Couto, passa a trabalhar, com orientação de Osvaldo Cruz, no Instituto Soroterápico Federal, hoje Instituto Osvaldo Cruz. Carlos Chagas, em 1906, trabalhando no Instituto Osvaldo Cruz, obteve sucesso ao dirigir a campanha de saneamento da Baixada Fluminense, debelando a infestação da Malária. Em 1907 trabalhou num laboratório montado durante as obras da linha de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil. Durante dois anos classificou, estudou e identificou no sangue de animais, o protozoário que denominou Tripanosoma Cruzi, aliado a uma infestação de um inseto nas residências rurais, conhecido como barbeiro. Carlos Chagas examinou esses insetos e descobriu que eles eram os hospedeiros da doença de Chagas. Carlos Chagas foi chamado pelo Presidente Wenceslau Braz para controlar a epidemia que assolou o Rio de Janeiro em 1918. Além da falta de assistência médica, precárias condições de higiene e a falta de saneamento, a gripe espanhola contaminou dois terços da população e fez onze mil vítimas. Carlos Chagas instalou vários postos de atendimento médico, e no Instituto Osvaldo Cruz incentivou a pesquisa da doença e com medidas preventivas a infecção foi debelada no mesmo ano. Carlos Chagas foi reconhecido por suas pesquisas e descobertas, recebendo prêmios e homenagens de vários países, entre eles, Alemanha, França, Portugal, Espanha, Itália, Inglaterra e Estados Unidos. Carlos Chaga morre no dia 8 de novembro, no Rio de Janeiro, acometido por um infarto.

O evento ocorrerá aos 21 de Maio de 2016 na cidade de Itabira em Minas Gerais. 



ALGUNS DOS HOMENAGEADOS DO ANO DE 2016


Eustáquio Félix e esposa Sônia Félix 
Organizadores dos Eventos anuais realizados
na cidade de Itabira.

http://www.eustaquiofelixcerimonial.com.br/pg_fixa.php?id_cat=61&&id=22



Biomédica/Escritora Tereza Reche


















domingo, 29 de novembro de 2015


  
EXPECTATIVA & REALIDADE






Diante da tela pálida e faminta de palavras, permaneci por algum tempo, decidi que desta vez escreveria algo como um tipo de auto-ajuda, esses discursos repletos de placas indicando o caminho à seguir, indicadores cheios de si ocultos num tom de alegria contagiante. Hipocrisia vestida de boa moça, recebida pela maioria de braços abertos, olhos marasmáticos e mentes zumbis, dizendo que tudo vai bem enquanto nada vai, assim servindo de alucinógeno momentâneo e levando-os para uma realidade paralela, cada qual onde deseja estar. Preferi então falar daquilo que é verdade, a verdade que dói demais e ninguém quer ler, pois sofrer não é bom, não dá prazer e é fardo para todos nós. É fato que seja mais leve e doce ver estrelas que escuridão infinita e um futuro oposto ao marasmo de hoje. Pensar que se dissermos dez vezes ao dia "vou ficar bilionário", um dia por força dessa afirmativa ficaremos. Que a tristeza não é maior do que podemos suportar e que se olharmos para uma bela flor, tudo simplesmente dissipará como num passe de mágica. Todavia, se nada disso ocorrer, ainda assim, temos por onde recorrer, teimosos afirmamos que não foi desta vez, mas ainda haverá de ser numa próxima vida... Agimos assim pois é difícil demais aceitar o antônimo de tudo isso... Exaurimo-nos voltar o olhar à realidade densa onde para tudo há consequentes, preços e muitas vezes alguns não estão dispostos a pagá-los, o que significará danos e dores aos que não devem nada. Uma realidade onde a melodia nem sempre é aquela que se deseja ouvir, e a paz não está tão perto quanto dizem estar. Onde o amor é discutível sim, negociável e às vezes, até mesmo descartável. Onde para alguns, palavras são apenas isso, nada mais... E para os que nelas confiarem, tenebroso fim lhes reserva o destino. Uma realidade repleta de cores, que nem sempre serão cinza ou das cores que escolhermos, porém, das que ela pinta. Onde haverá muitos beneficiados e nem todos serão maus, alguns serão bons e melhores que nós, mais dignos e muito merecedores do que possuem. Que perderemos para grandes e seremos pequenos diante de muitos, mesmo nos esforçando e nos vendo grandes o bastante para derrubar à todos. Onde perdas não serão conquistadas, outras sim... Inocentes serão injustiçados e culpados serão vitoriosos. Dentre estes, muitos culpados se tornarão melhores que suas vítimas e elas não os perdoarão tornando-se vis, se comparadas ao seu algoz. Haverá dores, muitas dores, perdas, ganhos e nem sempre alguns pedidos serão realizados. Isso não significa que somos maus, que Deus não exista ou que o céu está contra nós. Apenas que "ainda" estamos por aqui, que desgraças e lágrimas não deixarão de existir simplesmente por uma porção da existência negá-las, isso é fato. Mas que mesmo tendo essa cruel e dilacerante realidade estilhaçada diante dos olhos, ainda assim, possamos ao invés de cerrar o olhar racional, abri-lo e com isso respeitar as dores que nos cercam não desprezando-as, como se a esquizofrenia do alienado fosse o fato e o fato fosse esquizofrenia. 

Escritora Tereza Reche

quarta-feira, 25 de novembro de 2015


ENTREVISTA ESPECIAL CEDIDA AO REPÓRTER,  ESCRITOR E DOCENTE
"DHIOGO  J. CAETANO"



Breve biografia

Premiado escritor goiano da cidade de Uruana, condecorado com o certificado de mérito pelo Waldenburg International College e pelo Conselho Internacional para os Direitos Humanos, de Arbitragem e de Estudos Políticos e Estratégicos (ICHAPS). Dhiogo José Caetano foi escolhido por meio de votação na internet. A eleição, feita pela internet e denominada Medalha de Excelência para as Figuras mais Influentes do Mundo, ocorreu por meio de enquete. Foi escolhido através da categoria Homens de Letras, Pensadores e Cientistas. Possui várias obras publicadas e é egresso do curso de História da Universidade Estadual de Goiás (UEG), de Itapuranga.

Entrevista

Opinando e Transformando


ESCRITORA - TEREZA RECHE



Breve Currículo

Escritora/Biomédica, bacharela e licenciada. Atuou na área laboratorial como biomédica responsável, posteriormente como Docente e Coordenadora de curso de ensino superior entre 2008-2011 na área Biomédica. Escreve desde 1988, possui vários livros publicados pela Editora Perse, dentre eles ARMADILHAS DE UM TEMPO – O SILÊNCIO DE EULLER (Troféu Cecília Meireles 2015) e DITADURA DE CORAÇÕES. 
Atualmente dedica-se às obras em andamento.

DHIOGO - Em sua opinião, o que é cultura?

Essa sem dúvida é uma das questões mais complexas que já respondi em todas as entrevistas que cedi! Cultura... A cultura é tão envolta em complexidade que pode ser descrita de vários pontos de vista; antropológico, científico social, filosófico dentre outros. Na época de Isaac Newton cultura possuía a dicotomia de erudita ou popular. Hoje podemos analisar a cultura de maneira religiosa, artística, política social, ritualística... O que é Cultura? Veja; li certa vez num livro de Ruth Benedict “O crisântemo e a Espada”, que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo... Esse conceito, de todos, foi o mais próximo da realidade que encontrei. Na antropologia, Edward Burnett Taylor expressa a opinião dele, dentre outros que também possuem suas definições, mas muito limitadas e restritas. Mas quando se diz que a cultura é como uma lente, se diz que você enxerga da forma que deseja.

DHIOGO - Você se considera um difusor cultural?

Creio que todo aquele que se propõe a passar aquilo que recebeu de conhecimento, seja de qual princípio for, é um difusor cultural. Então, sendo eu uma escritora e docente na área da saúde, sim posso me considerar diante desse pressuposto uma difusora cultural. Reforçando ainda mais pelo gênero da literatura que escrevo, no caso na maioria romances históricos onde abordo assuntos políticos e religiosos de épocas como século XVI a Reforma Protestante, século XI o Catarismo e ano de 1932 Revolução Constitucionalista.

DHIOGO - Qual é o seu papel neste vasto campo da
transformação mental, intelectual e filosófica?

Como acabo de citar acima, minha linha literária é histórica. Procuro escolher um fato relevante da história e sobre este crio um cenário fictício e uma trama que o permeie. Hoje percebo que a literatura vem perdendo esse foco, e eu particularmente, acho importante que a sociedade não perca suas memórias históricas. A ficção é mágica, faz parte da poesia, do romance e do fenômeno da literatura, mas não se pode perder a oportunidade de, se possível, permear fatos do passado da humanidade em nossos devaneios artísticos. A metamorfose ocorre de maneira gradual... O leitor passa a refletir na mente do personagem, passa a filosofar junto a ele e com isso, encontra respostas que jamais teria se não fosse por meio da ficção.

DHIOGO - Como você descreve o processo de aculturação, ao
 longo da formação da sociedade brasileira?

Descrevo, segundo meu ponto de vista a passos lentos. Para o Brasil que mantém uma característica muito particular onde, resguardar suas raízes culturais é muito importante, se impõe um paradoxo.... Cada estado guarda consigo uma certa preocupação e até mesmo antagonismo a cultura do outro estado, isso é nítido. Nordestinos e paulistanos, baianos e cariocas dificilmente aceitariam unificar suas culturas de forma fácil. Isso vem sendo buscado desde a época da catequização indígena pelo padre Anchieta através de inquisição! E nem assim a igreja romana conseguiu, muitos mantêm sua cultura 515 anos depois. O que acredito que possa ser aderido como aculturação de maneira mais aceitável, sejam culturas que não interfiram na identidade social de cada território, como por exemplo a força estrangeira do rock em momento algum destruiria o pagode ou o samba daqui, então é aceito pela massa. Em outro exemplo, pesquisas recentes mostraram que menos de 10% dos brasileiros sabem fluentemente o inglês, o idioma difundido universalmente. Ou seja, resumindo, um processo lento, senão linear constante.

DHIOGO - A cultura liberta ou aprisiona os indivíduos?

Bom, segundo a afirmativa que fiz na questão (2), que a cultura é como uma lente através da qual o homem vê o mundo. Eu creio que nossa perspectiva cultural, nos condiciona a depreciar tudo o que se comporta fora dos padrões impostos pelo nosso ponto de vista. Seguindo essa linha de raciocínio, posso afirmar que é um fato a cultura aprisionar o indivíduo, visto que este se mantém limitado a padrões muitas vezes advindos de herança geracional, o que intensifica ainda mais essa restrição, não só mental, mas também emocional para expandir seus horizontes.

DHIOGO - Que problemática você destaca na prática da difusão cultural?

A difusão da cultura em geral, mesmo no mundo globalizado em que vivemos hoje, demonstra certas complexidades no que se refere a “semelhanças entre si”. Entretanto, devido exatamente à globalização, tecnologia, redes sociais dentre outras ferramentas das que temos em mãos atualmente, existe um processo dinâmico que a Antropologia denomina de Aculturação. Ou seja, temos inúmeras barreiras, porém, temos algo que permeia independente de nós, assumindo um caráter positivo para essa visível unificação cultural. Quanto aos fatores negativos, estão por exemplo a resistência a mudanças, com isso o fortalecimento da outra cultura, do outro ideal. Parece que manter a cultura, mesmo que aparentemente estabelecida, é outro problema, pois, se esta não for aplicada de maneira cauterizada, em curto prazo se perderá para a anterior.

DHIOGO - Comente sobre o espaço digital, destacando sua importância no cenário cultural brasileiro e mundial?

É o espaço mais importante, rico e disponível em tempo permanente, para maior parte da população. Usufruir a tecnologia, mesmo as redes sociais como meio de difundir troca de ideias, formar opiniões e disseminar a cultura de maneira gradativa, é sem dúvida a porta da evolução coletiva da descoberta e, sobretudo, aceitação da cultura em geral.

DHIOGO - Qual mensagem você deixa para todos os fazedores culturais?

Voltando-me à literatura, faço uma observação, precisamos como escritores, nos preocupar menos em quantidade e mais em qualidade do ideal transmitido. Que o leitor absorva uma ficção prazerosa, entretanto que esta, mesmo que de forma subliminar, possa de fato semear algo significativo no leitor, principalmente em âmbito filosófico. Precisamos pensar! ...A cada década que passa a sociedade ri ou chora mais, porém pensa menos. 


Escritora Tereza Reche


sexta-feira, 25 de setembro de 2015



RESPONDA A QUESTÃO ABAIXO:
CPMF : Sim ou Não?


(Não sabe o que responder? Então vamos analisar os fatos...)






O governo anunciou a proposta da volta da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), extinta há oito anos. A medida faz parte do anúncio de R$ 64,9 bilhões para equilibrar as contas públicas em 2016. O imposto deve gerar uma receita de R$ 32 bilhões aos cofres federais. Por afetar as transações bancárias, a CPMF foi chamada de "imposto do cheque" e é considerada "impopular" e "antipática" por tributaristas. Diferentemente dos impostos cobrados sobre os preços de produtos e serviços, essa cobrança aparece no extrato bancário do contribuinte. O que é a CPMF?Mas nem todo mundo se lembra como aCPMF funciona. Há quem sequer faça ideia do significado desta sigla, especialmente os jovens da geração Z, nascidos após 1995.

A Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF) foi um imposto que existiu até 2007 para cobrir gastos do governo federal com projetos de saúde. Agora, o governo propõe cobrar uma alíquota de 0,2% sobre todas as transações bancárias de pessoas físicas e empresas para ajudar a cobrir o rombo da Previdência Social. A proposta ainda precisa ser enviada ao Congresso Nacional para votação.

Quem pagará esse imposto?
Todas as pessoas ou empresas que transferirem qualquer valor por meio dos bancos e instituições financeiras. Isso vale tanto para quem saca o dinheiro do caixa eletrônico quanto para quem paga uma conta de telefone via boleto bancário ou a fatura do cartão de crédito. A CPMF chegou a ser chamada de “imposto do cheque”, porque também incide sobre essa forma de pagamento – que era muito mais usada naquela época. A CPMF é cobrada sobre todas as transações bancárias? Existiam algumas exceções. Entre elas, a compra de ações na Bolsa ou títulos de renda fixa, retiradas de aposentadorias, saques de seguro-desemprego, salários e transferência de recursos entre contas-correntes do mesmo titular. Movimentações em dinheiro vivo não pagam o imposto. Ainda não se sabe quais regras o governo vai propor na volta da CPMF. Por que o governo quer recriar o imposto? Para melhorar o resultado das contas públicas. Elas fecharam no vermelho em 2014 e tinham previsão de déficit no Orçamento de 2016, o que precipitou a perda do grau de investimento da nota de crédito do país pela Standard & Poor’s. A volta do imposto faz parte do conjunto de medidas fiscais no total de R$ 64,9 bilhões para garantir a meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida pública) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016. Quanto o governo espera arrecadar com a CPMF? Na proposta anunciada, o governo prevê um impacto na arrecadação federal de R$ 32 bilhões. O valor representa quase metade das medidas fiscais anunciadas para equilibrar as contas públicas, incluindo cortes de gastos (suspensão de concursos e fechamento de ministérios) e elevação de outros tributos. Enquanto existiu, o imposto injetou nos cofres do governo mais de R$ 222 bilhões. Como saber quanto vou pagar de CPMF?

Basta multiplicar o valor que será movimentado por 0,002 (correspondente à alíquota de 0,2%). Por exemplo, se você retirar R$ 100 mil do banco para dar uma entrada em um imóvel, você pagará R$ 200 de imposto pela movimentação financeira. Ao comprar um carro no valor de R$ 30 mil à vista, o contribuinte vai desembolsar uma contribuição de R$ 60. Ao transferir R$ 1 mil para a conta de outra pessoa, você pagará CPMF de R$ 2. O imposto tem data para acabar? Como o próprio nome informa, a CPMF é uma contribuição provisória. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que a ideia é que a ela dure quatro anos e depois seja extinta. Mas, no passado, o imposto foi prorrogado quatro vezes. Na visão do tributarista Felipe Renault, da Renault Advogados Associados, a CPMF não deveria ter durado tanto tempo e a alíquota poderia ser reduzida de forma escalonada. “As chances de o governo se tornar dependente da CPMF, como foi no passado, são bem grandes”, diz. Por que o imposto foi criticado? Segundo Renault, a CPMF é um imposto de efeito cumulativo, porque ela incide sobre todos os agentes da cadeia produtiva. "Quanto mais complexa for essa cadeia e mais participantes ela tiver, maior será o impacto na carga tributária", diz o especialista. Isso vale para o produtor rural, para os intermediários que revendem seu produto para os distribuidores e para o consumidor final. "A CPMF é criticada porque ela tributa cada etapa dessa cadeia", explica. Na cadeia de fabricação do pãozinho, por exemplo, isso significa que o produtor de trigo paga CPMF ao comprar insumos; o fabricante da farinha paga de novo ao comprar o trigo; o padeiro paga ao comprar a farinha; e o consumidor paga ao levar o pãozinho. Quem deve pagar mais impostos? A carga é igual para todos os contribuintes, em 0,2%, mas Renault lembra que o setor de produção de bens deve ser mais tributado que o de serviços, por envolver mais intermediários dentro da cadeia produtiva. “Serviços depende da atividade intelectual ou pela atividade gerada por uma empresa”, explica. Para o tributarista Samir Choaib, sócio do escritório Choaib, Paiva e Justo Advogados Associados, apesar de todos pagarem a mesma alíquota, a baixa renda deve sentir mais o peso dos impostos, proporcionalmente. Quais os possíveis efeitos da CPMF na economia? Na visão do tributarista Choaib, o efeito "cascata" do imposto, que incide sobre todos os participantes da cadeia produtiva, tende a ser repassado para os preços dos produtos ao consumidor final, pressionando a inflação. "Isso gera um aumento de preços e, ao final das contas, quem paga é a população", diz. O especialista também acredita que o imposto pode desestimular as movimentações financeiras, restringindo a circulação de dinheiro. "Pode haver uma circulação maior de dinheiro em espécie".Como surgiu a ideia do imposto? A CPMF foi criada em 1993, no governo Itamar Franco, com o nome de Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF) e uma alíquota de 0,25%. O objetivo era cobrir parte das despesas com saúde. O Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a cobrança, que só pôde começar no ano seguinte, devido ao período de 90 dias entre sua aprovação e a entrada em vigor. O imposto durou até dezembro de 1994, como previsto, quando foi extinto. Em 1996, a foi criada a CPMF com alíquota de 0,2%, no governo Fernando Henrique Cardoso. Em junho de 1999, a CPMF foi prorrogada até 2002 e a alíquota subiu para 0,38%. Esse 0,18 ponto adicional seria destinado a ajudar na Previdência Social. Em 2001, a alíquota caiu para 0,3%. Em março do mesmo ano, voltou para 0,38%, sendo que a diferença seria destinada ao Fundo de Combate à Pobreza. A contribuição foi prorrogada novamente em 2002 e, já no governo Lula, outra vez em 2004. O imposto foi extinto pelo Senado em 2007.





Tributos como a CPMF e a IPMF são conhecidos como Impostos de Transações Financeiras (ITF) e existem em basicamente dois tipos: impostos sobre transações nos mercados de câmbio, conhecidos como impostos de Tobin, e sobre transações em mercados de títulos. O primeiro ITF foi instituído na Inglaterra em 1936, elaborado em reação à Grande Depressão. Esse imposto, defendido pelo economista J.M. Keynes, visava a desincentivar a especulação das bolsas de valores. A ideia era de apresentar um custo monetário contra a rápida compra e venda de ações nas bolsas de valores. O imposto de Tobin segue o mesmo princípio e visa a desincentivar a especulação a curto prazo no câmbio. ITFs foram implementados em vários países desde 1936, entre eles Argentina, Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Brasil, Colômbia, Peru e Venezuela. A maioria dos ITFs tinha caráter temporário, com alíquota entre 0,10% e 0,25% do valor da transação.

O efeito mais aceitado de impostos ITF é o de estabilizar mercados turbulentos. Esse efeito foi demonstrado pela experiência internacional com uma variedade de sucessos. No Brasil, a CPMF também era apontada, pelo governo Lula, como uma ferramenta importante contra a sonegação de impostos. A ideia é de que a receita federal pode cruzar informações dos pagamentos de impostos da CPMF, realizados por bancos, com valores declarados por empresas e indivíduos. Por outro lado, críticos alegam que ITFs tendem a diminuir a quantidade de dinheiro líquido em um mercado financeiro, podendo curvar o crescimento econômico natural de um país. No Brasil, a CPMF era muito criticada pelo efeito cumulativo em cima do preço final de produtos manufaturados de alta complexidade, pois estes precisam de várias movimentações financeiras intermediárias até chegar ao produto final. O imposto era cobrado em cada etapa.

Além das criticas baseadas em teoria econômica, muitos críticos, em geral partidários de uma ideologia mais à direita, questionam a real destinação dos recursos arrecadados pela CPMF, tendo em vista a situação precária em que se encontram alguns hospitais públicos e o atendimento a pacientes, bem como a transferência dos recursos da CPMF ao financiamento de programas sociais, como o Bolsa Família.[13] Já partidários do governo e adeptos de uma ideologia social-democrata costumam argumentar que investir no combate à desnutrição infantil e em saneamento básico, através de programas sociais, é uma forma de diminuir os problemas na área da saúde no longo prazo. Essa argumentação foi bastante defendida pelo presidente Lula durante a campanha presidencial de 2006, sem citar especificamente a CPMF.

A CPMF é um imposto de baixa sonegação e com custo de arrecadação e fiscalização praticamente nulo. Ele era cobrado de forma igual entre pobres e ricos tendo uma alíquota aplicada a cada transação bancária e seu custo inclusive sendo repassado pelo comerciante ao consumidor final. Por ele ser aplicado indiscriminadamente em todas as operações bancárias, ele reduz os investimentos (aumenta os custos para investir), afeta sobremaneira as relações comerciais (cada movimentação do produto na cadeia produtiva deve pagar o imposto) e, principalmente, o assalariado haja vista que recebe seu salário mas na hora de sacar deve pagar o imposto.


E de última hora...
No último dia 16 deste mês, uma matéria de site confiável citou o plano B, caso a CPMF não fosse absorvida pelo Senado...


A assessoria do líder do PT no Senado, Humberto Costa, divulgou há pouco e-mail com algumas informações importantes sobre as iniciativas do governo para os próximos dias.
A reforma administrativa deverá ser anunciada já na semana que vem, segundo o senador. Haverá corte de dez ministérios e enxugamento do número de servidores comissionados.
Costa sugeriu à presidenta que tivesse um Plano B caso encontre dificuldades para aprovar a CPMF, e propôs que o governo lance um projeto de repatriação de recursos de brasileiros no exterior, o que poderia trazer mais de R$ 70 bilhões aos cofres públicos.


Dilma anuncia reforma administrativa na semana que vem, avisa Humberto
Por Rodrigo Pires, da assessoria do senador Humberto Costa, via e-mail.
Por quase quatro horas, a presidenta Dilma Rousseff reuniu nesta terça-feira (15) ministros e líderes da base governista no Senado para discutir as medidas anunciadas para restabelecer o equilíbrio fiscal do país e fazer face à crise financeira. Presente ao encontro, o líder do PT, Humberto Costa (PE), levou a Dilma a necessidade de aprofundar o diálogo com o Congresso Nacional e cobrou a apresentação aos brasileiros da reforma administrativa da máquina e abertura de um canal de negociações com os servidores públicos federais.
Segundo o líder do PT no Senado, a presidenta estava bastante motivada com a pauta e empenhada em provar à base que as propostas sustentam um ajuste importante para a economia. "Dilma falou bastante e ouviu com atenção todos os líderes. Na semana que vem, ela garantiu que vai fazer o anúncio de redução de Ministérios, cortes de DAS e outras medidas de enxugamento da máquina. Disse, também, que os ministros já estão instruídos a investir nessa conversa com os nossos servidores", explicou. "O Governo está fazendo movimentos muito positivos e tenho certeza que colherá bons resultados."
A reforma deve incluir o corte de até dez ministérios, a união de empresas e o corte de cargos comissionados do Governo Federal. Tudo deverá ser anunciado até a próxima quarta-feira, um dia antes da presidenta viajar a Nova Iorque, onde abrirá a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
No encontro, Humberto e os demais líderes no Senado expressaram à presidenta que a aprovação da CPMF no Congresso será muito complicada. "Quando o governo está bem, já é difícil aprovar uma medida dessas. Agora que o governo passa por dificuldades é ainda mais", disse Humberto. "Fizemos um balanço realista. Vai ser preciso todo um trabalho de convencimento para que isso possa passar."
Humberto externou à presidenta que o Executivo deveria investir em alternativas ao projeto da CPMF que pudessem dar o mesmo resultado financeiro, caso a proposta da contribuição não fosse aprovada. O líder do PT instou o governo a trabalhar, principalmente, sobre o projeto de repatriação de recursos de brasileiros não declarados existentes no exterior.
A medida chegou à Câmara dos Deputados, em caráter de urgência constitucional, e pode render, segundo as expectativas, até R$ 75 bilhões. "A presidenta e os ministros concordaram com essa minha visão e se comprometeram a dar mais atenção ao tema", explicou Humberto. De acordo com ele, as demais propostas apresentadas na última segunda-feira devem começar a chegar ao Congresso até a próxima semana. 





Governo envia ao Congresso nova 

CPMF e aumento de IR para "mais

 ricos" 

 InfoMoney 

(http://www.infomoney.com.br/mercados/politica/noticia/4300581/governo-envia-congresso-nova-cpmf-aumento-para-mais-ricos


Foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União, na tarde desta terça-feira (22), a primeira medida da nova etapa do ajuste fiscal, anunciada pelos ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Nelson Barbosa (Planejamento) na semana passada. Nesta edição, a presidente Dilma Rousseff assinou a medida provisória 692, que dispõe sobre a incidência de imposto sobre a renda de ganhos de capital decorrentes da alienação de bens e direitos de qualquer natureza. As novas alíquotas do IRPF incidem sobre ganhos superiores a R$ 1 milhão. A nova medida começa a valer em 1º de janeiro de 2016.
De acordo com a MP, a atual alíquota de 15% de imposto - que incide sobre qualquer rendimento - deverá ser mantida somente em caso de ganhos inferiores a R$ 1 milhão. Agora, caso os ganhos superem esse montante, o contribuinte deverá sentir uma elevação na alíquota que hoje paga de imposto. Se a medida for exitosa no Congresso, a partir do ano que vem, quem tiver ganhos entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões terá de pagar 20%. Para ganhos superiores a R$ 5 milhões e inferiores a R$ 20 milhões, a alíquota será de 25%. O teto do imposto será de 30%, paga por quem obtiver ganhos superiores a R$ 20 milhões.
Ainda no texto do projeto encaminhado para o Congresso, também está previsto como o imposto deverá incidir sobre casos de alienações parciais do bem ou direito. "A partir da segunda operação, o ganho de capital deve ser somado aos ganhos auferidos nas operações anteriores para fins da apuração do imposto na forma do caput, deduzindo-se o montante do imposto pago nas operações anteriores", conforme o parágrafo 3º do artigo 1º.
A medida é uma das 16 anunciadas pelos ministros Levy e Barbosa em 14 de setembro. Para essa alteração no ganho de capital progressivo, os ministros haviam apresentado perspectiva de arrecadação de R$ 1,8 bilhões para os cofres públicos. Entre outras medidas arrendatórias com publicação esperada ganha destaque também a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), com expectativa de ganhos de R$ 32 bilhões para a União.





http://www.diariodecanoas.com.br/_conteudo/2015/09/noticias/pais/221329-se-aprovada-entenda-o-impacto-da-cpmf-no-seu-dinheiro.html




 






http://veja.abril.com.br/multimidia/video/golpe-governo-dilma-tenta-de-novo-recriar-cpmf/


AGORA PODE RESPONDER
 CPMF: Sim ou Não?...

Escritora Tereza Reche