domingo, 30 de agosto de 2015


PLATONISMO

Segundo o Dicionário; O termo Platonismo significa:

  1. 1.
    fil doutrina do filósofo grego Platão (428 a.C.-348 ou 347 a.C.) e de seus seguidores, caracterizada esp. pela concepção de que as ideias eternas e transcendentes originam todos os objetos da realidade material, e que a contemplação dos seres suprassensíveis determina parâmetros definitivos para a excelência no comportamento moral e na organização política.
  2. 2.
    p.ext. fil qualidade do amor platônico; castidade, idealidade [Segundo Platão, o amor mundano e carnal pode se tornar, por meio da ascese filosófica, uma afeição contemplativa por realidades suprassensíveis.


Após me deparar com essa descrição, resolvi escrever um pouco a respeito. Encontrei esse pequeno resumo sobre o nascimento, segundo a Mitologia Grega do primeiro amor não correspondido. Afinal, não apenas finais felizes são belos, também há os infelizes que por vezes, tornam-se eternizados.


"Segundo a lenda, Apolo era o deus mais belo, senhor das artes, da música e da medicina. Após derrotar Píton, vangloriando-se de seu enorme feito, fez pouco de Cupido, o deus do amor, dizendo-lhe que suas flechas eram muito mais poderosas do que as do pequeno Deus. Cupido respondeu que as flechas de Apolo eram poderosas porque podiam ferir a todos, mas as dele, Cupido, podiam ferir ao próprio Apolo. Cupido, então, lançou uma flecha de ouro na ponta, no coração de Apolo, provocando neste uma paixão desenfreada por Dafne, uma bonita Ninfa, filha do rio-deus Peneu. Em Dafne, Cupido lançou uma flecha com chumbo na ponta, suscitando uma repulsa por Apolo. Apolo passou a perseguir a amada, enquanto essa fugia dele em um profundo sentimento de rejeição. Dafne, não suportando a perseguição e a repulsa que sentia por Apolo, pede a seu pai que a mude de forma, no que é atendida e é então transformada em uma árvore, um loureiro. A partir desse momento, Apolo passou a usar uma coroa de louros como símbolo de sua paixão não correspondida".



























Belo se não o fosse trágico... Porém, além do Platônico de fato, há também o pseudo-platonismo onde, aquele que mesmo amado, ainda assim julga-se desamado. Muitas vezes nos deparamos com amores platônicos mesmo que correspondidos. Quando partilhamos de um amor intrínseco desconexo com o verdadeiro que ocorre do lado exterior.  Amar platonicamente é não amar na mesma sintonia que o amante, é idealizar o sentimento gerado numa mentalidade tomada pela criação, pelos sonhos. O outro em contrapartida, necessariamente pode não nos rejeitar, mas sentiremo-nos assim caso este não demonstre o tamanho devaneio que sentimos. Quanto julgamos amar demasiadamente, na verdade confundimos o amor que sentimos sem interação com a realidade, solitário e mental, com amor não reconhecido, ou ainda, em maior intensidade que o recebido pelo parceiro (a). Amar é exatamente o oposto, é aceitação satisfatória frente à qualquer ação, ou falta desta do suposto amado. É passividade imensurável diante das forças externas onde se mantém, indiferente da ação do outro, funcional e continuamente amando-o. 






Escritora Tereza Reche