SOMOS TODOS IGUAIS?...
É obvio que não!
Somos todos diferentes fisicamente, mentalmente, espiritualmente e intelectualmente.
Pensamos diferente, nos portamos diferentemente e jamais agimos de forma idêntica ao outro.
Mesmo gêmeos univitelinos possuem suas impressões digitais diferentes.
Chega dessa afirmativa sem sentido de que somos todos iguais, pois simplesmente não somos!
Porém, talvez seja este o verdadeiro desafio.
Compreendendo a diferença, a distância entre um e outro e, sobretudo, que ninguém é menos ou mais correto por ser como é, nos faça aceitar. Não estar de acordo, ou ainda gostar.
Não isso!
Não somos de maneira alguma obrigados a nos sentir bem com as diferenças, e isso de longe nos faria maus ou desajustados. Não somos obrigados a gostar do branco se preferirmos o preto, apenas vê-lo como uma alternativa que decerto servirá para quem prefere o branco ao preto.
Não somos obrigados a AMAR!
Não, amor não se obriga a ninguém e não nos faz maus ou desajustados não senti-lo, apenas sim tolerar, respeitar. Pois, assim como os diferentes de nós pode não nos agradar, não agradaremos aos diferentes.
A questão não está na briga constante dentro de nós, o lapidar e policiar, onde se julga aquele que não está de acordo, não aprova ou simplesmente não pensa como a maior parte ser vil, ser mau.
A questão está em sim, assumir o que aprova e o que reprova, porém, sem fazer dessa reação, única "Lei".
Tudo o que forçadamente exigimos de nosso espírito gera desassossego, impaciência e dor. Não é natural tampouco íntegro.
Ninguém deve ser vítima ou culpado, seja por ser rejeitado ou assumir aquilo que crê. Não existe lei para isso, a não ser que esta esteja cauterizada em nós, por nós mesmos.
Somos todos diferentes, somos todos imprevisíveis a nós mesmo portanto. O único evento igualmente circundante em todos nós, é o fato de sofrermos de alguma forma por essa verdade tão simplista, porém ignorada.
Não sinta-se mal por ser diferente, todos somos. Não sinta-se mau por não amar cachorros e sim gatos, não aja contra aquilo que não aprova. Apenas tolere.
Tolere...
Escritora Tereza Reche
